quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dança do Ventre

Principais ritmos árabes para a Dança do Ventre
 Maqsoum
Compasso 4/4. O nome do ritmo significa “algo que foi partido pela metade”. Parecido com o ritmo Baladi, mas possui apenas um Dum no início da frase, enquanto que o Baladi inicia-se
Compasso 4/4. O nome do ritmo significa “algo que foi partido pela metade”. Parecido com o ritmo Baladi, mas possui apenas um Dum no início da frase, enquanto que o Baladi inicia-se com dois Duns. É um ritmo muito utilizado no Egito, e é mais acelerado que o Baladi. Possui uma versão lenta e uma rápida. Tocado geralmente em músicas modernas, podendo aparecer também em solos de derbak. Pode ser cantado assim: DUM TAKATA DUM TAKATA.

Ayubi
Ayubi é o nome de uma rádio show no Cairo, que deu origem ao nome deste ritmo. É um ritmo de compasso 2/4. Pode ser cantado ou não, lento ou rápido. Em sua versão lenta ele é mais
Ayubi é o nome de uma rádio show no Cairo, que deu origem ao nome deste ritmo. É um ritmo de compasso 2/4. Pode ser cantado ou não, lento ou rápido. Em sua versão lenta ele é mais utilizado para uma dança folclórica chamada Zaar (ver link modalidades). Em sua versão acelerada está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbak e folclóricas, que são as versões mais utilizadas pra Dança do Ventre. Nas músicas clássicas aparece geralmente nas entradas e finalizações, e também em momentos de transição. É um ritmo linear, curto, constante, sem modificações, portanto não leva muito à inspiração, à diversificação. Pode ser cantado assim: KA DUM KA DUM.
 
Malfuf
Compasso 2/4.  Ritmo de origem egípcia, em que a palavra malfuf significa enrolado ou embrulhado. É um ritmo constante e curto, porém pode ser acelerado ou calmo. Em sua versão
Compasso 2/4.  Ritmo de origem egípcia, em que a palavra malfuf significa enrolado ou embrulhado. É um ritmo constante e curto, porém pode ser acelerado ou calmo. Em sua versão acelerada é usado na entrada e na saída de cena da bailarina, principalmente nas músicas clássicas árabes. Neste caso, a bailarina pode abusar dos giros e deslocamentos. Na versão acelerada aparece também em músicas modernas e em músicas folclóricas, como é o caso da dança Hagalla, Dabke, Meleah Laff. Em sua versão mais lenta pode ser usado na dança do candelabro. Pode aparecer ainda em alguns momentos no solo de derbak. Para cantá-lo: DUM TATA.
 Masmudi
Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o Baladi, porém é mais longo, pois seu compasso é de 8/4, enquanto o Baladi é 4/4. Teve origem em Andaluzia. Uma de suas versões inicia-se com
Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o Baladi, porém é mais longo, pois seu compasso é de 8/4, enquanto o Baladi é 4/4. Teve origem em Andaluzia. Uma de suas versões inicia-se com dois duns e a outra com três duns. Assim, podem ser chamadas respectivamente de Masmudi 2 duns, e Masmudi 3 duns. É muito utilizado em músicas clássicas, e às vezes em solos de derbak. Geralmente é lento, o que favorece movimentos de braços, mãos e movimentos ondulatórios. Para cantá-lo: DUM DUM DUM TAKA DUM TAKA TAKA.
 Said
Ritmo de compasso 4/4.  Said é o nome de uma região ao norte do Egito, local onde originou-se tal ritmo. É um ritmo muito importante no pais, bem marcado e alegre, com batidas fortes. No
Ritmo de compasso 4/4.  Said é o nome de uma região ao norte do Egito, onde originou-se tal ritmo. É um ritmo muito importante no pais, bem marcado e alegre, com batidas fortes. No Said há dois Duns no meio da frase, ao contrário do Baladi onde os dois Duns são no início. Presente em músicas clássicas, solos de derbak, músicas folclóricas e na maioria das músicas modernas (cantadas ou não). Nas folclóricas ele é ideal para a dança da bengala ou do bastão masculina (Tahtib). Nestes dois casos é geralmente acompanhada pela flauta mizmar. Ritmo também usado na dança Dabke e tocado ainda para a dança dos cavalos, em que estes marcam as batidas mais fortes do ritmo com batidas de suas patas no chão. Pode ser cantado assim: DUM TAK DUM DUM TAKATA.
Baladi
Ritmo de compasso 4/4. Em árabe baladi significa meu povo, minha terra, terra natal, meu país, urbano, minha cidade, ou seja, tudo que tenha origem popular. É um ritmo em homenagem
Ritmo de compasso 4/4. Em árabe baladi significa meu povo, minha terra, terra natal, meu país, urbano, minha cidade, ou seja, tudo que tenha origem popular. É um ritmo em homenagem à terra, ao campo. É importante e bem conhecido no Líbano. Pode ter diferentes velocidades (mais lenta ou mais rápida). Presente em músicas modernas, clássicas e folclóricas (dança baladi), assim como em solos de derbak. Para cantá-lo: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA.
Soudi (Khalige)
Compasso 2/4. Ritmo surgido na Arábia Saudita e nos países do Golfo Pérsico (Jordânia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, etc). Pode ter velocidade mais rápida ou mais lenta. É característico da
Compasso 2/4. Ritmo surgido na Arábia Saudita e nos países do Golfo Pérsico (Jordânia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, etc). Pode ter velocidade mais rápida ou mais lenta. É característico da dança folclórica khaleege, originária dos mesmos países de onde surgiu o ritmo. Esta dança geralmente está presente em festas femininas, casamentos, festas familiares. Tem como alguns cantores mais populares: Mouhammad Abdo, Taalaal Maadah e Abdel Majeed Abdallah. É também tocado em solos de derbak. Para cantá-lo: TAKATA DUM TA DUM.
Whada Wa Noz
Ritmo de compasso 8/4. O nome significa um e meio. Parecido com o ritmo Tschifftitilli, mas seu final é diferente, pois termina com DUM DUM TA. Ritmo lento, às vezes tocado em solos de
Ritmo de compasso 8/4. O nome significa um e meio. Parecido com o ritmo Tschifftitilli, mas seu final é diferente, pois termina com DUM DUM TA. Ritmo lento, às vezes tocado em solos de derbak, às vezes em músicas clássicas, às vezes em taksins. Em taksins aparece geralmente junto com instrumentos de sopro ou corda. Em solos de derbak aparece como um início lento. Já nas músicas clássicas aparece como um preparo para algo mais, geralmente para uma parte mais grandiosa da música. É um ritmo que possibilita movimentação mais lenta da bailarina, como ondulações, redondos, oitos, movimentos de mãos e braços. E como ele incita movimentos lentos, geralmente é possível realizar a dança da espada, dança no chão, dança com taças, dança com véu, etc. Para cantá-lo: DUM TAKA TAKA DUM DUM TA.

Fontes: 
http://www.centraldancadoventre.com.br/a-danca-do-ventre/a-danca-do-ventre-ritmos
http://www.aljalila.com.br/?page_id=140
Sob orientação de Monah Souad

domingo, 22 de janeiro de 2012

Monah Souad no Espetáculo DiFilms Bellydance Festival 2011

Participação de Monah Souad e grupo no Espetáculo

DiFilms Bellydance Festival - Edição 2011

Realizado dia 17 de setembro no Teatro Marista - Goiânia Go

Dança do Ventre - Yasmin Alves


A Bailarina Yasmin Alves fez a abertura do do Espetáculo DiFilms Bellydance Festival 2010

domingo, 15 de janeiro de 2012

Origem: Da Dança do Ventre


Etimologicamente, o termo é  a tradução  do inglês americano  Bellydance, e  do árabe Raqs Sharqi - literalmente Dança do Leste.

A Dança do Ventre é uma dança do Período Matriarcal, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que em sua forma primitiva era considerada um ritual sagrado. Sua origem data de 700 anos atrás, relacionada aos cultos primitivos da Deusa-Mãe: provavelmente por este motivo, os homens eram excluídos de seu cerimonial (Portinari, 1989).

Suas manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães (Penna, 1997).

Sua origem é controversa. É comum atribuir sua origem a rituais oferecidos em templos dedicados à deusa Ísis, em agradecimento à fertilidade feminina e às cheias do rio Nilo, as quais representavam fartura de alimentos para a região; embora a Egiptologia afirme que não há registros desta modalidade de dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que alguns de seus movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância de sua evolução na Antiguidade.

Tecnicamente, seus movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos e batidas de quadril (shimmies), entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando, realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre.

Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, inclusive com a inclusão dos movimentos do ballet clássico russo em 1930.